Por Dayanne Borges e Ricardo Moura
Blog Escrivaninha, em 23 de maio de 2021.
Os dados mais recentes sobre a letalidade da covid-19 entre profissionais da segurança revelam que o número de policiais militares da ativa mortos pela doença chegou a 50 na última sexta-feira, dia 21. O levantamento é feito pela Associação das Praças do Estado do Ceará (Aspra-CE). Em relação aos policiais civis mortos pela Covid-19, o número saltou de 10 para 13 desde o último levantamento, realizado no dia 6 de maio. As informações são do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol).
A Aspra é uma das poucas entidades representativa dos militares que chamam atenção para a letalidade da doença. Desde 8 de março, as postagens no Instagram começaram a vir com a seguinte inscrição “morte em decorrência da Covid-19”.
A primeira nota de pesar contendo essa informação refere-se ao subtenente PM William Bandeira Barros, de 62 anos.
O Subtenente PM Francisco Holanda de Lima, de 50 anos, é a vítima mais recente do Coronavírus. O militar ingressou na corporação em 8 de agosto de 1994 e, atualmente, estava lotado na 2ª Companhia do 9º Batalhão Policial Militar.
Em março, o Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) solicitou ao Governo Federal que as forças policiais fossem incluídas entre as prioridades para a vacinação contra a Covid-19. O pedido foi acatado e os profissionais de segurança pública começaram a ser vacinados no dia 11 de abril. Conforme a Nota Técnica nº 297/2021, do Ministério da Saúde, o Plano Nacional de Imunizações (PNI) estabeleceu os trabalhadores das forças de segurança e salvamento e forças armadas como grupos prioritários de vacinação contra Covid-19.
Na semana passada, o Sinpol fez uma cobrança pública sobre uma suposta demora no processo de vacinação dos policiais civis: “Estamos sofrendo com o atraso na vacinação dos PCs e auxiliares administrativos, apesar do elevado número de mortes. DOIS irmãos da ativa faleceram em decorrência da Covid-19 somente semana passada”, afirma a nota.
A ordem de prioridades da vacinação, conforme determinação do PNI, é a seguinte:
• Trabalhadores envolvidos no atendimento e/ou transporte de pacientes;
• Trabalhadores envolvidos em resgates e atendimentos pré-hospitalar;
• Trabalhadores envolvidos diretamente nas ações de vacinação contra Covid-19;
• Trabalhadores envolvidos nas ações de vigilância das medidas de distanciamento social, com contato direto e constante com o público, como barreiras sanitárias e fiscalização de estabelecimentos.
SOBRE A SÉRIE
O Escrivaninha vem abordando, nesta série de reportagens, os desafios enfrentados pelos profissionais de segurança pública durante a pandemia, bem como o luto e a dor das famílias que perderam seus entes. Confira as matérias publicadas anteriormente:
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